sábado, 10 de novembro de 2012

Passagem

      Quando era criança, as pessoas me falavam que adolescencia era algo problemático.  Hoje, não a acho problemática. A dou outra colocação: Dúvida. Tenho dúvida do que quero ser , do que quero fazer e a o que devo me apegar. Me pergunto se as largatas sentem dor ao se transformarem em borboletas. Se forem como nós, sim, elas sentem dor. Como dizia minha mãe: "crescer dói". Mas, no caso das largatas, é algo que vale a pena. E no nosso caso? Vale tanto assim?
       As responsabilidades batem a nossa porta e somos obrigados a atendê-las. As vezes, as dispensamos com a preguiça, com os gritos, com as cenas de drama, porém o peso do erro faz-nos enlouquecer. Pedimos todos s dias , secretamente, que os risos , as brincadeiras , as zoações ocupem todo o nosso tempo, mas nem sempre é assim. Queremos curtir, dançar, namorar sem que as consequências nos alcançe. Vamos crescendo, atingindo a maturidade, e vemos que não tem como fugir. A responsabilidade já não bate na porta, ela a arromba. E quando chega esse momento temos duas escolhas: a temos como nossa inimiga, ou a domamos. Tê-la como inimiga é uma boa alternativa, penso eu. Poderei curtir o quanto quiser e não me preocupar com nada. Contudo, se escolhe-la , viverei como um eterno irresponsável e imaturo. Nunca conseguirei levar as coisas a sério e serei incapaz de contruir uma família. A segunda opção, apesar de ser a mais difícil de executar é a que mais me satisfaz. Sim, vai ser cansativo e extressante. Mas poderei passar confiança as pessoas, construir minha família, e saberei educar meus filhos com prudência. Agora, a tarefa a fazer é se divertir, mas sempre lembrando da minha opção. Afinal, ninguém é de ferro.






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