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Passaram-se dois meses desde que eu havia visto Dan pela última vez. Sua companhia, seus abraços, beijos de boa noite me faziam uma falta enorme. Lembro como se fosse hoje tudo o que passamos no México. Retornara agora a vida fútil e solítária de uma garota que perdera os pois por causa do ódio. Todos os dias ia trabalhar e quando chegava assistia filmes melodramáticos até cair no sono. Era uma rotina. Até que uma visita colocara tudo de cabeça pra baixo.
- Oi Sam.
- O-o-o-oi Dan.
- Posso entrar?
- Aham, pode sim. Fica a vontade.
Minhas pernas começaram a tremer. Ele estava mais bonito do que nunca.
- Eai, como você tá?
- E-e-eu tô bem , e você?
- Me recuperando - disse entre risinhos.
Ele estava muito próximo de mim o que me deixava nervosa.
- E o que te traz aqui?
- Depois de tudo o que a gente passou, te largar assim seria burrice não acha?
- Burrice?
- É. Primeiramente, vim aqui pra te pedir perdão por tudo o que te fiz passar. Por mais que eu quisesse, eu não consegui te protejer como deveria. Me perdoe.
- Sem problemas Dan, passaria por tudo denovo se estivesse com você.
Suas bochechas rosaram-se junto com as minhas. Senti que havia falado demais.
- Sério?
- Não me faça repetir bobão. - Rimos.
- E o segundo motivo Sam, era... - deu uma pausa - eu não aguentava mais ficar longe de você -
meu coração saiu pela boca - todo o tempo que passamos juntos foram muito significativos pra mim. Na minha vida inteira, não havia recebido tal carinho, atenção, amor que eu recebi de você. Te deixar aqui, sozinha , foi muito difícil pra mim. Mas precisava desse tempo pra mim para que , quando te encontrasse novamente, pudesse retribuir tudo aquilo que você me proporciona. Eu te amo.
Naquele momento, todo o tédio, futilidade, tristeza e solidão reverteram-se e alegria. Dan me amava. Me amava! Me aproximei do seu rosto colocando minhas mãos em seu rosto quente e macio e o beijei. A sensação de beijá-lo era insubstituível. Ficamos abraçados por um longo tempo aproveitando aquele momento único que nenhum psicopata poderia tirar nem sentir algum dia.
~ Raíssa Moreira
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