19 de Janeiro de 2001 , França
Querido Jhonny,
Pode parecer estranho, mas precisava lhe enviar essa carta. Neste momento você deve estar pensando: " Quem ela pensa que é? ". Verdade, quem eu penso que sou? Primeiramente, venho lhe pedir perdão pelo que fiz. Desaparecer do nada , sem dar explicação e deixar uma pessoa tão maravilhosa como você, não é algo que uma pessoa sensata faria. Idependente dos motivos da fuga, eu fui errada. Deveria ter lhe dado o último adeus, o último abraço, o último beijo. Uma semana antes da minha partida, a pressão por parte de meus pais aumentaram. Eles exigiram que eu fosse estudar aqui, e que deixasse o amor de lado pois este não proveria o meu futuro. Confesso que doeu. Te deixar , Jhonny, é algo insuportável. Todas as noites eu desejo o seu abraço e isso me tira o sono. Sinto frio pois não te tenho para me esquentar. Lembro das nossas aventuras, das nossas risadas. Tudo que eu escrevo me parece tão falso depois do que fiz, e creio que é assim pra você também. Mas, por favor, acredite. Essa dor está corroendo a minha alma e esse é um dos motivos de eu te escrever essa carta. Já faz um ano e nada muda. Achei que o tempo iria dar conta desse problema , mas o meu amor por você é invencível. Ás vezes, penso estar maluca. Te vejo em todos os lugares. Uma vez, persegui um rapaz aqui no bairro acreditando ser você. Infelizmente, a esperança de te reencontrar durou pouco e eu cai em mim. Minhas lágrimas desceram como se eu fosse um vidro frágil e transparente. Conheço a possibilidade de você estar com outra pessoa. Mas você é a única pessoa com quem posso partilhar minha dor, pois você a conhece. Saiba que, mesmo não estando aqui, ainda te sinto.
Com carinho, Sarah.
P.S: Je t'aime.
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