domingo, 21 de outubro de 2012

# 03 Les débuts d'un cauchemar



Na minha frente estava um homem alto, forte, negro e com um tipo de roupa bem exótico. Vestia uma calça bege e uma blusa espantada com muitos trapézios. No seu pescoço havia um cordão com um pingente de cabeça de tigre. Fique paralisado quando o vi.
                - Posso falar com vocês? – repetiu.
                - Quem é você?
                - Pertenço a Associação Taigã e tenho informações sobre sua irmã.
                Gelei. O que aquele cara estranho saberia sobre minha irmã?
               - Minha irmã?
               - Sim. Não foi sua irmã que foi sequestrada á 30 minutos?
               - S-s-sim. Entre. – disse gaguejando.
               Pedi para que o homem sentasse no sofá enquanto explicava a situação a minha mãe. Quando a tranquilizei, sentamos em frente ao homem e perguntei:
                - A propósito, qual seu nome?
                - Buig. Taigã Buig.
                -Então Buig, diga o que sabe sobre minha irmã, pois não temos muito tempo a perder.
                - Me chame de Taigã Buig, por favor. Como dizia faço parte da Associação Taigã. Ou seja, os adoradores do Tigre Sagrado. Em uma de nossas reuniões , foi nos revelado que sua irmã é a Josei tigure, mulher do tigre.
                - Como assim? Mulher do tigre?
                - Diz a lenda que, quando o sagrado tigre encontrasse a suprema Josei, seus subordinados deveriam sacrifica-la para que Taigã dormisse em paz com sua amada.
                Aquilo soava muito estranho. Minha irmã sempre fora normal. Nuca se envolvera com seitas ou feitiçaria.      
                - E a que propósito o senhor veio aqui? – disse minha mãe.
                -Faço parte da Associação. Porém, não me interesso mais em continuar naquilo. – gostaria de saber a que ele se referia dizendo “naquilo”- Ocupo um cargo alto na seita e conheço suas façanhas. Eles não estão a fim de sacrificar sua irmã como um ato religioso, mas sim como canibalismo.
                Que seita era essa? Além de considerarem-se “subordinados” de um tigre idiota qualquer, era canibais. E queriam comer minha irmã!
                - Desejo ajudá-los. – disse Buig – Mas temos que ser rápidos. O Ritual começa daqui a trinta minutos.

                Trinta minutos?! Minha irmã iria virar espetinho de carne para loucos canibais adoradores de felinos! Tinha que correr.
                - Mãe, vou com Buig. Preciso salvá-la – disse a minha mãe- Vamos Buig.
                -Mas, mas...
                Deixei minha mãe falando sozinha e fui. Corremos muito. Entramos em becos, subimos ladeiras, abrimos portas.
                - Chegamos. – disse Buig – Feche os olhos.
                -Hãn?
                - Feche os olhos!
                Fechei meus olhos. Tive a sensação de sair da atmosfera e ir a outro planeta. Buig havia nos teletransportado a um lugar extremamente horroroso. Tudo era escuro e girava. Tinha um cheiro ruim, porém, suportável. Estávamos em outra dimensão. Em um submundo .O mundo dos Taigãns.
                - Tente não demonstrar medo. Eles logo sentirão uma presença estranha. Aja com naturalidade.
                - Ta certo.
                Começamos a entrar em becos estreitos até chegarmos a um corredor largo e cheio de janelas. Aquele era o corredor do meu  pesadelo.


               

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