Era um dia bonito e ensolarado. Sem
nenhuma tarefa doméstica e profissional, decidi fazer um passeio pelo parque. Coloquei
um short velho, uma camiseta e sai. A rua não estava movimentada, afinal, era
feriado. Não liguei pra isso. Comecei a andar devagar para apreciar a paisagem
e repirar o ar puro que o local proporcionava devido ao grande numero de arvores. Derrepente percebi que alguém me observava. Olhei para trás e não vi
ninguém. Ignorei-me e recomecei a andar. Lembrei de uma reportagem que havia
visto de manhã onde falavam sobre um assalto seguido de homicídio que acontecera
no meu bairro.” Ah! Pelo amor de Deus Catherine. Está com medo de um vulto?”
disse a mim mesma. Fiquei mais atenta. O sol estava muito forte e algo me
prendia a aquela praça. Os barulhos continuavam e eu andava mais rápido.
Cheguei a pensar que tinha visto alguma coisa. Algo deformado, feio. Passava um
ar de triste, solitário e egoísta. Era familiar. Decidi descobrir o que era. Comecei
a andar normalmente, deixando que me seguisse. A cada passo que dava começava a
tremer de medo. Num piscar de olhos, virei-me para trás. Me surpreendi. Estava
lá, estendida no chão a figura negra, triste e egoísta. Me olhava como
precisasse de amor. Agora compreendia por que era tão familiar. Os mesmos
sentimentos e os mesmos formatos. A minha sombra.
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