terça-feira, 18 de setembro de 2012

Impressões Verdadeiras



Era um dia bonito e ensolarado. Sem nenhuma tarefa doméstica e profissional, decidi fazer um passeio pelo parque. Coloquei um short velho, uma camiseta e sai. A rua não estava movimentada, afinal, era feriado. Não liguei pra isso. Comecei a andar devagar para apreciar a paisagem e repirar o ar puro que o local proporcionava devido ao grande numero de arvores. Derrepente percebi que alguém me observava. Olhei para trás e não vi ninguém. Ignorei-me e recomecei a andar. Lembrei de uma reportagem que havia visto de manhã onde falavam sobre um assalto seguido de homicídio que acontecera no meu bairro.” Ah! Pelo amor de Deus Catherine. Está com medo de um vulto?” disse a mim mesma. Fiquei mais atenta. O sol estava muito forte e algo me prendia a aquela praça. Os barulhos continuavam e eu andava mais rápido. Cheguei a pensar que tinha visto alguma coisa. Algo deformado, feio. Passava um ar de triste, solitário e egoísta. Era familiar. Decidi descobrir o que era. Comecei a andar normalmente, deixando que me seguisse. A cada passo que dava começava a tremer de medo. Num piscar de olhos, virei-me para trás. Me surpreendi. Estava lá, estendida no chão a figura negra, triste e egoísta. Me olhava como precisasse de amor. Agora compreendia por que era tão familiar. Os mesmos sentimentos e os mesmos formatos. A minha sombra.

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